Hoje é dia da poesia. Por isso, lembro o meu mestre e poeta (a verde, porque é também dia da floresta).
Todo o tempo é de poesia.
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia.
Todo o tempo é de poesia.
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação do caos
à confusão da harmonia.
1 comentário:
Ser poeta é ver em todo o tempo,tempo de poesia...
Infelizmente não sou poeta! :-((
Abraço
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