terça-feira, 8 de julho de 2008

Por onde andei?

Há tanto tempo que não venho aqui onde estou. Como o tempo passa!

Desde a última vez o que fiz eu?

Agora que estou aposentada, tenho tanto que fazer, que não tenho tempo para parar um pouco e deixar o registo de alguns pensamentos. É certo que às vezes é melhor não pensar...

Tive o "jantar Xanax". Para quem não conhece esta terminologia, trata-se de um jantar, mais ou menos mensal, de seis mulheres que um dia se encontraram, por acaso, para trabalhar em conjunto, fizeram uma equipa de trabalho durante quatro anos e ficaram verdadeiras amigas. A vida profissional separou-as, mas os jantares são momentos de encontro, de descontracção, que têm efeitos relaxantes. Não foi tanto assim o último, porque no restaurante havia 3 televisores a transmitir o jogo Portugal-Alemanha, com o resultado que se sabe. Mas, mesmo assim, foi divertido.
Depois, voltei às terras altas para as festas de final de ano lectivo nas escolas (do 1º ciclo e de Dança), jardim de infância e Centro do Tempo (tempos livres) dos netos. Como sempre, é delicioso acompanhar estes eventos infantis. Tímidos uns, atrevidos outros, todos diferentes, todos iguais.
Enfim, quando pensava ter, durante uns dias, quatro gerações em casa, eis que a representante da mais mais velha - a minha mãe - vai parar ao hospital: coração fraco, arritmia, problemas respiratórios, enfim, coisas que 87 anos justificam. Felizmente já regressou a casa, embora bastante debilitada .


Para compensar, esteve cá durante duas semanas a geração mas nova - os netos - os quais, às vezes, é difícil "segurar". Mas tudo se resolve com um sorriso, um olhar terno e... ficamos derretidos!
Por eles, tudo vale a pena.

O mesmo não direi do Ministério da Educação. Já não há pachorra! Pensam (pouco) e logo passam à prática. Há condições? Há tempo? Não interessa. É para fazer.
Eu que me reformei porque me fartei das reformas do ME, vejo-me de repente dentro de outra (a do ensino artístico). É sina minha?

As férias grandes estão a chegar e as perspectivas não são muito animadoras, mas pode ser que os ventos mudem.
Fico à espera.

4 comentários:

fernanda sal m. disse...

Espera, espera, pois a nossa missão agora parece ser essa...
Desejo as melhoras da tua Mãe, mas lembro-me da inquietação que se instala em nós, a partir de momentos desses... E, quanto a não ter tempo do nosso tempo de reformadas, bem te compreendo ( olha lá...) creio que desde que voltámos de Segóvia, não tenho tido muito tempo só meu! E agora,neste momento, toda esta semana ( e as que se seguem, dirão como serão..) tenho cá tido dois/três dos 8 netos: duas estão cá atempo inteiro desde sábado passado, o outro vem brincar com as primas, jantar e etc.,(ámanhã parece que fica a dormir,também, e vem mais outro...) Tipo colónia balnear.Mas, a idade - minha - já cede,por vezes ao cansaço e ...por vezes, os olhilhos meigos já têm de piscar muito para me convencerem a rir...
Mas, que fariamos nós sem eles ???
Beijos e coragem para as "férias" !

Soledade disse...

Olá às duas. Permitam-me dizer-vos: ninguém tem muito tempo seu. Já não. O mundo enlouqueceu. Mas ambas saíram da escola. Dêem graças por isso. E, apesar do cansaço, que entendo muito bem, e da "colónia balnear" (até eu já tenho colónias balneares cá em casa e ainda estou e estarei no activo) há-de ser bom! Lembrem-se: escaparam ao campo de concentração.
Ânimo então para as férias e um abraço às duas :)

Rosa dos Ventos disse...

Foi o Ministério da Educação que juntou essas seis mulheres e o cavaquismo que as separou.
Lembras-te do cavaquismo?
Há quem se tenha esquecido...
Pois voltámos para as nossas escolas e sem qualquer esforço, gostávamos todas de estar no "terreno".
Três já estão aposentadas, felizmente.
Os tempos estão difíceis para todos, incluindo os professores.
Voltando aos jantares xanax, eles continuam a dar-nos boas doses de boa disposição.
Temos algumas diferenças, mas estamos unidas sobretudo pelas muitas afinidades.
Em diálogos de avós não entro! :-((
Se quiseres saber o que se tem passado comigo, vai lá espreitar ao meu canto.
Aliás, eu já estava farta de te visitar sem encontrar novidades...
Ainda bem que voltaste!

Abraço da "escrava"

Rosa dos Ventos disse...

Dizes:
Fico à espera!
Eu digo o mesmo...

Abraço