Desde a última vez o que fiz eu?
Agora que estou aposentada, tenho tanto que fazer, que não tenho tempo para parar um pouco e deixar o registo de alguns pensamentos. É certo que às vezes é melhor não pensar...
Tive o "jantar Xanax". Para quem não conhece esta terminologia, trata-se de um jantar, mais ou menos mensal, de seis mulheres que um dia se encontraram, por acaso, para trabalhar em conjunto, fizeram uma equipa de trabalho durante quatro anos e ficaram verdadeiras amigas. A vida profissional separou-as, mas os jantares são momentos de encontro, de descontracção, que têm efeitos relaxantes. Não foi tanto assim o último, porque no restaurante havia 3 televisores a transmitir o jogo Portugal-Alemanha, com o resultado que se sabe. Mas, mesmo assim, foi divertido.
Depois, voltei às terras altas para as festas de final de ano lectivo nas escolas (do 1º ciclo e de Dança), jardim de infância e Centro do Tempo (tempos livres) dos netos. Como sempre, é delicioso acompanhar estes eventos infantis. Tímidos uns, atrevidos outros, todos diferentes, todos iguais.
Enfim, quando pensava ter, durante uns dias, quatro gerações em casa, eis que a representante da mais mais velha - a minha mãe - vai parar ao hospital: coração fraco, arritmia, problemas respiratórios, enfim, coisas que 87 anos justificam. Felizmente já regressou a casa, embora bastante debilitada .
Para compensar, esteve cá durante duas semanas a geração mas nova - os netos - os quais, às vezes, é difícil "segurar". Mas tudo se resolve com um sorriso, um olhar terno e... ficamos derretidos!
Por eles, tudo vale a pena.
O mesmo não direi do Ministério da Educação. Já não há pachorra! Pensam (pouco) e logo passam à prática. Há condições? Há tempo? Não interessa. É para fazer.
Eu que me reformei porque me fartei das reformas do ME, vejo-me de repente dentro de outra (a do ensino artístico). É sina minha?
As férias grandes estão a chegar e as perspectivas não são muito animadoras, mas pode ser que os ventos mudem.
Fico à espera.
4 comentários:
Espera, espera, pois a nossa missão agora parece ser essa...
Desejo as melhoras da tua Mãe, mas lembro-me da inquietação que se instala em nós, a partir de momentos desses... E, quanto a não ter tempo do nosso tempo de reformadas, bem te compreendo ( olha lá...) creio que desde que voltámos de Segóvia, não tenho tido muito tempo só meu! E agora,neste momento, toda esta semana ( e as que se seguem, dirão como serão..) tenho cá tido dois/três dos 8 netos: duas estão cá atempo inteiro desde sábado passado, o outro vem brincar com as primas, jantar e etc.,(ámanhã parece que fica a dormir,também, e vem mais outro...) Tipo colónia balnear.Mas, a idade - minha - já cede,por vezes ao cansaço e ...por vezes, os olhilhos meigos já têm de piscar muito para me convencerem a rir...
Mas, que fariamos nós sem eles ???
Beijos e coragem para as "férias" !
Olá às duas. Permitam-me dizer-vos: ninguém tem muito tempo seu. Já não. O mundo enlouqueceu. Mas ambas saíram da escola. Dêem graças por isso. E, apesar do cansaço, que entendo muito bem, e da "colónia balnear" (até eu já tenho colónias balneares cá em casa e ainda estou e estarei no activo) há-de ser bom! Lembrem-se: escaparam ao campo de concentração.
Ânimo então para as férias e um abraço às duas :)
Foi o Ministério da Educação que juntou essas seis mulheres e o cavaquismo que as separou.
Lembras-te do cavaquismo?
Há quem se tenha esquecido...
Pois voltámos para as nossas escolas e sem qualquer esforço, gostávamos todas de estar no "terreno".
Três já estão aposentadas, felizmente.
Os tempos estão difíceis para todos, incluindo os professores.
Voltando aos jantares xanax, eles continuam a dar-nos boas doses de boa disposição.
Temos algumas diferenças, mas estamos unidas sobretudo pelas muitas afinidades.
Em diálogos de avós não entro! :-((
Se quiseres saber o que se tem passado comigo, vai lá espreitar ao meu canto.
Aliás, eu já estava farta de te visitar sem encontrar novidades...
Ainda bem que voltaste!
Abraço da "escrava"
Dizes:
Fico à espera!
Eu digo o mesmo...
Abraço
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